Escolha de carreira - todo processo descomplicado

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A escolha de uma carreira é para muitos um assunto difícil. Apenas uma “minoria sortuda” guiada principalmente pelo gosto, sabe de antemão o que seguir na vida profissional. Muitas vezes, ganham o gosto a partir dos hobbies, das conversas com as pessoas mais próximas do seu ciclo social e de elogios/dicas dos professores do ensino fundamental.

Ao início do ano letivo, este assunto toma lugar nos principais debates da comunicação social e não só, tendo em conta o grande número de estudantes que inevitavelmente deve escolher o curso de licenciatura que obviamente após conclusão lhes dá acesso a prática de uma profissão.

Entretanto, para muitos, o monólogo interior - sobre a escolha da profissão acertada - é constante, não apenas para aqueles que não aderiram ainda a uma profissão, mas também para aqueles que já exercem, no caso de redireccionamento.

Uma carreira inicia com a escolha de uma profissão.  De forma sucinta, é a soma de todos os cargos que se vai exercendo ao longo da vida profissional, geralmente em sequência ascendente. Mas é necessário saber que a ocupação inicial não é necessariamente definitiva, inclusive nas áreas mais rígidas como saúde pública e no exército militar pois, por razões exógenas existem sempre variações a medida que o profissional vai escalando a hierarquia de sua profissão. Por isso, faz-se desnecessário o receio desmedido à escolha e exercício da mesma. A escolha de uma profissão é mais um ponto de partida do que a escolha para a vida toda.

Este momento “decisivo” gera ansiedade porque é feito num ambiente de alta incerteza, com baixo nível de informação e por indivíduos relativamente inexperientes no mercado de trabalho. Por outra, uma escolha menos acertada produz um custo de oportunidade financeiro, emocional e de tempo.

Passados os meus vinte e cinco anos de idade, os meus sonhos profissionais foram mudando em função da realidade do mercado de trabalho, embora ainda esteja vivendo a génese da minha carreira profissional. Hoje trabalho nas áreas de assistência administrativa e de gestão de recursos humanos numa empresa de médio porte. Alem de ter sido uma oportunidade, no sentido de alguém acreditar em mim e enquadrar-me, devo ressaltar que - para efeitos pedagógicos – a minha área de formação do ensino superior em gestão empresarial, pesa sobre o facto de eu estar alí. Daí a importância de escolher a profissão exatamente quando se entra no ensino superior, para aumentar as chances de empregabilidade na área de nossa eleição de acordo gostos pessoais, vocação ou outros critérios que a seguir menciono.

É comum falar-se de três principais pontos a considerar na escolha de uma profissão.

#1. Conhecimento da carreira.
Uma pesquisa exaustiva sobre a futura profissão se faz necessária. Desde a leitura de revistas especializadas, a consulta em empresas, organizações ou instituições do sector em causa. Devem estar em pauta assuntos como o dia-a-dia da profissão, os níveis salariais, as implicações sociais, etc.

#2. Conhecimento do mercado.

Aqui efetuamos uma análise mais abrangente, enquadrando a área escolhida no senário macroeconómico da sociedade em que o indivíduo está inserido. Há profissões que estão em voga e com altas taxas de crescimento, outras com previsão certa de estarem extintas ou em baixa nos próximos anos.

#3. Autoconhecimento.
Outro aspeto muito importante, é o conhecimento acurado de nós próprios. Um inventário fiel das nossas habilidades e limitações é fortemente uma garantia de êxito na escolha de uma profissão. Lembro-me, a não muito tempo, estar diante de um amigo profissional da área de psicologia, explicar a perceção que eu tinha de mim mesmo, francamente, fiquei surpreendido do quanto pouco me conhecia. E quando não nos conhecemos não só tomamos escolhas menos acertadas como possuímos baixa autoestima e baixos níveis de confiança. Deveras, este é o passo mais importante nesse processo.


Pode-se conseguir uma ajuda externa fazendo testes de vocação ou orientação profissional oferecidos por centros propícios, bem como em certas universidades que criam um “departamento de apoio a inserção na vida activa”.


Bem-haja o debutante que escrutina as várias opções diante de si. E bem-haja o profissional que se esforça a exercer a sua actividade com rigor e zelo

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